Acusado de chacina em creche em Saudade vai a júri

Segurança

Réu está preso desde 4 de maio de 2021, quando houve o ataque que deixou três crianças menores de 2 anos e duas educadoras mortas.

O acusado pelo ataque a creche Aquarela, em Saudades, no Oeste catarinense, vai a júri popular. A informação foi divulgada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) na sexta-feira (14). A data do julgamento não está definida.

O réu vai ser julgado por cinco assassinatos, entre eles de três crianças, além de 14 tentativas de homicídio. Preso por uma sequência de crimes, o responsável pela chacina tinha 18 anos, à época do crime, e está preso desde 4 de maio, quando houve o ataque. Na ocasião, ele também teria tentado se matar.

Keli Adriane, Sarah Luiza, Anna Bela, Murilo Massing e Mirla Renner são as vítimas do atentando a creche em Saudades (SC) — Foto: Reprodução/Redes Sociais; Reprodução/NSC TV

Keli Adriane, Sarah Luiza, Anna Bela, Murilo Massing e Mirla Renner são as vítimas do atentando a creche em Saudades (SC) — Foto: Reprodução/Redes Sociais; Reprodução/NSC TV

Entre as vítimas fatais estão três crianças com menos de 2 anos, uma professora de educação infantil e uma agente educacional. Todos foram mortos com golpes de uma adaga.

As qualificadoras de motivo torpe, meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas serão julgadas pelo Conselho de Sentença, informou o MPSC.

Crime ocorreu em uma creche no município de Saudades, no Oeste catarinense — Foto: Corpo de Bombeiros/ Divulgação

Crime ocorreu em uma creche no município de Saudades, no Oeste catarinense — Foto: Corpo de Bombeiros/ Divulgação

Na decisão de levar o responsável pelo ataque a júri, o juiz Caio Lemgruber Taborda ressaltou que os depoimentos das vítimas e das testemunhas, somados ao relatório do boletim de ocorrência e a relatórios dos dados extraídos dos aparelhos eletrônicos do acusado “[…], autorizam a realização de juízo positivo da existência de indícios suficientes da prática delitiva”.

O magistrado também afirmou que “[…] diante da existência de prova convincente acerca da materialidade do crime e de indícios suficientes da autoria, por parte do réu, do crime de homicídio em desfavor das vítimas [nomes das vítimas], não há como falar em impronúncia ou absolvição, tampouco em desclassificação”.

Veja quem são as vítimas do atentado

  • Keli Adriane Aniecevski, 30 anos, era professora na unidade há cerca de 10 anos;
  • Mirla Renner, de 20 anos, era agente educacional na escola;
  • Sarah Luiza Mahle Sehn, de 1 ano e 7 meses;
  • Murilo Massing, de 1 ano e 9 meses;
  • Anna Bela Fernandes de Barros, de 1 ano e 8 meses.

Por Clarìssa Batìstela, g1 SC