Motoristas buscam alternativas para economizar, enquanto quem trabalha com aplicativos e transportes calcula que terá que trabalhar por muito mais tempo para tentar manter renda
Andar menos de carro e recorrer aos ônibus ou às caronas compartilhadas. Comprar um modelo híbrido e, no caso de quem trabalha com transporte e corridas por aplicativo, rodar mais horas para conseguir lucrar. Essas são alternativas que os motoristas estão adotando para conseguir contornar o último aumento da gasolina.
Quem dirige carro a gás acha que pode lucrar no momento. Mesmo com a redução anunciada pela Petrobras, na casa dos R$ 0,13, após o fim da isenção do tributo para combustíveis o litro da gasolina ficou em média R$ 0,47 mais caro.
Tirando aqui e somando acolá, o litro do principal combustível dos veículos já está em torno de R$ 0,34 a mais nas bombas, mas em alguns casos o aumento chegou a R$ 0,60.
Na região central de Florianópolis, ainda é possível encontrar a gasolina a R$ 5,40, ou R$ 5,50. Nas regiões Norte e Sul da Ilha e até no Continente, o valor já se aproxima dos R$ 6.
Em São José, tem posto cobrando R$ 5,70. Procurar os postos com valores mais em conta também é mais um desafio dos motoristas.
Governadores negociam compensação de até R$ 30 bilhões por perdas
Os governadores baixaram a estimativa quanto ao recurso a ser desembolsado pela União para recompor as perdas orçamentárias em razão das mudanças de cálculos do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre combustíveis.
A previsão, inicialmente de R$ 45 bilhões, agora gira de R$ 24 bilhões a R$ 30 bilhões, valor que ainda precisa ser alinhado entre os 27 líderes dos Estados e do Distrito Federal. Essa nova faixa de recomposição em negociação é uma média entre o pleito inicial dos governadores e quanto o governo federal pretendia pagar.
“A União propôs R$ 13 bilhões. Depois, R$ 22 bilhões. Agora, está ali algo entre R$ 24 bilhões e R$ 30 bilhões, que deve ser o acordo final”, afirmou ao R7 o governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), responsável por representar as lideranças estaduais na coordenação da pauta aos Três Poderes.A proposta será levada a uma reunião do Fórum dos Governadores marcada para segunda-feira.
“Depois, a gente vai voltar a conversar com a Secretaria do Tesouro e com o Ministério da Economia”, completou Fonteles. A expectativa é que o valor esteja fechado ainda em março, e a contrapartida prometida pelos governadores é de não repassar as despesas ao consumidor — sem, portanto, aumentar tributos.