Corretores são presos e PF apreende R$ 150 milhões em bens de investigados por lavagem de dinheiro em SC

Segurança

Operação cumpriu mandados em Balneário Camboriú e sequestrou oito veículos de luxo, 41 caminhões e 29 imóveis.

Um casal de corretores de imóveis foi preso pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (11) em Balneário Camboriú, litoral norte de Santa Catarina. Os dois são alvos de operação que investiga uma quadrilha suspeita de lavagem de dinheiro a partir do tráfico de drogas. Os nomes dos presos não foram informados.

Batizada de BC Laundry, a operação sequestrou cerca de R$ 150 milhões em bens dos investigados em Balneário Camboriú e região. Entre os itens, estão oito veículos de luxo, 41 caminhões, 10 imóveis em São Paulo e outros 19 em Santa Catarina.

A PF detalhou que os líderes da quadrilha em parceria com os corretores atuavam na abertura de empresas de transporte sem atividades efetivas, além da aquisição de patrimônio na região de Balneário Camboriú, que está entre as mais ricas de Santa Catarina.

Junto com o casal preso, a PF atuou no cumprimento de outros dois mandados de prisão preventiva e seis de busca e apreensão.

Operação BC Laundry: agentes cumpriram mandados em Balneário Camboriú — Foto: Polícia Federal/Divulgação

Operação BC Laundry: agentes cumpriram mandados em Balneário Camboriú — Foto: Polícia Federal/Divulgação

A BC Laundry é decorrente de outra operação, a Alba Vírus, que em 2019 atuou contra a organização criminosa que, na época, atuava com o tráfico internacional de cocaína através dos portos de Santos (SP), Paranaguá (PR) e Navegantes (SC).

“Os líderes da organização criminosa, que se encontram foragidos desde a deflagração da operação Alba Vírus, teriam estruturado um grupo com o fim específico de ocultação do patrimônio e lavagem de dinheiro resultante do tráfico. Na operação de hoje foram decretadas a prisão preventiva desses líderes da organização criminosa e de duas outras pessoas que atuavam como corretores imobiliários. Tais corretores, além de intermediarem a maioria das aquisições de imóveis da organização, gerenciavam a administração desses bens”, detalhou a PF.

Entre os crimes investigados, a corporação apura lavagem de dinheiro e organização criminosa. Em caso de condenação, a pena pode superar 18 anos de prisão.

Por John Pacheco, g1 SC