CPI da Mensageiro que circula na Alesc tem teor diferente da minuta que estava com vice-prefeito Caio Tokarski

Política

Requerimento em andamento na Assembleia é de autoria do deputado Sargento Lima

A informação de que uma minuta de CPI para atacar a operação Mensageiro foi apreendida com o vice-prefeito de Tubarão, Caio Tokarski, repercutiu no meio político. A Comissão seria montada dentro da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), onde atualmente já há um requerimento circulando entre os deputados para a coleta de assinatura com a intenção de que seja feita uma investigação sobre as suspeitas de corrupção expostas pelo MP-SC. A coluna teve acesso a este requerimento. O teor dele deixa claro que a intenção da CPI proposta, neste caso, pelo deputado Sargento Lima (PL) é diferente da minuta apreendida em Tubarão.

O esboço que estava com o vice-prefeito, como trouxe o colega Raphael Faraco, traz críticas à delação premiada e ao que se chamou de “coação” dos investigadores para obter provas e confissões. Mas, pelo que consta no processo, os acordos de colaboração apenas ajudaram a direcionar a investigação. A partir daí, com o monitoramento do “mensageiro da propina”, o Gaeco levantou as provas e assinou os pedidos de prisão, atendidos pelo judiciário catarinense.

Já o requerimento de Lima tem um caminho diferente. Ele entende que a CPI precisa identificar se foram usados recursos estaduais nos desvios financeiros investigados na Mensageiro: “Nessas circunstâncias, é necessária que a Casa do Povo Barriga Verde amplie as investigações para responder à sociedade se há envolvimento, ou não, de agentes públicos do Estado de Santa Catarina e se foram utilizadas verbas públicas estaduais”.

Ele ainda afirma: “A sociedade precisa ser ressarcida desse vergonhoso e abjeto esquema de corrupção que se alastrou pelas mais variadas regiões de nosso Estado. Mais que isso, há que esclarecer à sociedade se o dinheiro desviado do contribuinte se restringe às receitas meramente municipais, ou se há numerário do nosso estado envolvido, seja por possíveis repasses vinculados ou voluntários, ou, ainda, por conta de eventuais repassasses por meio de emendas parlamentares”.

Até o momento, o pedido de Lima tem sete assinaturas. São necessárias 14 para a abertura de uma CPI na Alesc.

FONTE NSC TOTAL: Ânderson Silva