Farol Shopping recebe a exposição “As Cores de Cada Vida” em alusão ao mês das mulheres

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Em homenagem ao mês das mulheres, o Farol Shopping recebeu nesta terça-feira (07) a exposição “As Cores de Cada Vida”, promovida pela Polícia Civil de Santa Catarina

A mostra reúne obras de artistas, que destacam a realidade de vítimas de feminicídio. Os quadros ficarão expostos até 5 de abril, ao lado da Arezzo.

A exposição tem como um dos principais objetivos encorajar mulheres que já passaram por situação de violência, além de trazer uma releitura da vida das vítimas. “Em Tubarão nós já requeremos ao Poder Judiciário mais de 100 medidas protetivas só em 2023. Isso não significa que a violência tenha aumentado, mas mostra que as mulheres estão encorajadas a buscar as DPCAMIs”, comentou a delegada titular da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI) Tubarão, Vivian Garcia Selig.

De acordo com o superintendente do Farol Shopping, Fabio Morais, sediar essa exposição é uma forma de empatia com todas as mulheres. “O shopping tem por vocação participar desses temas sensíveis e nada mais importante abraçarmos esse evento. Por isso, nos sentimos honrados em fazer parte de um projeto tão bonito em uma data tão especial”, ressaltou Morais.

Rosita Daufenbach, foi vítima de tentativa de feminicídio e esteve na abertura da mostra para prestigiar o momento. “A exposição é um incentivo para todas as mulheres perderem o medo, por isso aconselho as mulheres que estão sentindo isso, denunciarem e seguirem em frente”, destacou Rosita.
 

Entre os artistas que produziram as obras, está Ana Mendes Simões, que teve a oportunidade de pintar um quadro em homenagem à vítima Clarissa. “É um trabalho detalhista, que deve ser manuseado com cuidado, então tentei pegar todas as formas e os detalhes que passaram sobre ela, expressando através das cores. Na obra a gente consegue ver dentro dos cabelos dela, que foi onde eu quis captar, tudo o que passava na cabeça da vítima e expressar de forma muito amorosa como ela era, que foi como me contaram”, detalhou a artista.

Assim como a exposição é uma forma de encorajar vítimas, a mostra também é um espaço para conscientizar a população sobre os casos de feminicídio. “Sabemos que infelizmente o tema voltado a violência doméstica em âmbito nacional e estadual tem relativo aumento em relação aos números de casos. Por isso a importância de trazer esse tipo de projeto para sociedade, para que a gente consiga não só trazer essa responsabilidade aos órgãos de segurança pública, mas clamar a sociedade no combate a esse tipo de crime, que infelizmente ainda é muito premente na nossa sociedade”, relatou Carolini de Campos Vicente de Bona Portão, delegada Regional de Polícia da 5ª Região Policial.