Aumento no ICMS de combustíveis impacta diretamente o preço da gasolina e pode afetar os serviços no país
A partir de 1º de fevereiro, os preços dos combustíveis deverão subir em todos os estados brasileiros devido ao reajuste do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre a gasolina e o diesel. O litro da gasolina sofrerá um acréscimo de R$ 0,10, elevando o valor para R$ 1,47, enquanto o diesel e o biodiesel terão aumento de R$ 0,06 por litro, chegando a R$ 1,12.
O Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) justificou o reajuste como necessário para promover uma tributação mais justa e equilibrar o sistema fiscal em alinhamento com as flutuações do mercado.
O aumento no ICMS pode ter reflexos no custo de diversos serviços, uma vez que os combustíveis impactam diretamente o preço do transporte e da logística, contribuindo para a inflação. De acordo com o último relatório da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a gasolina no mercado interno está 8% abaixo da paridade internacional, e o diesel, 15%.
Essa defasagem ocorre devido à mudança na política de preços da Petrobras, que deixou de adotar o PPI (Preço de Paridade de Importação) como referência. Embora a empresa tenha adotado essa estratégia para proteger o consumidor brasileiro das oscilações internacionais, a absorção de parte dos impactos econômicos pela Petrobras pode afetar suas margens de lucro.
Com o aumento do ICMS, a defasagem pode aumentar ainda mais, caso a Petrobras não repasse o impacto integral do imposto aos consumidores. Isso tornaria os preços internos ainda mais distantes do mercado internacional, desestimulando importadores.
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