Homem que jogou ácido em cão de rua tem prisão decretada

Segurança

Acusado foi flagrado por câmeras de segurança despejando material corrosivo no animal, que sofreu queimaduras de terceiro grau.

Foi determinada a prisão preventiva de um homem flagrado por câmeras de segurança jogando ácido contra um cachorro de rua que dormia no prédio onde ele morava em Itá, no Oeste catarinense. O animal está internado numa clínica veterinária com queimaduras de terceiro grau.

O caso aconteceu em 5 de setembro e o homem foi identificado na sexta-feira (16), mesma data da decisão da Vara Única de Itá, que decidiu pela prisão. O processo está em segredo de Justiça e o nome do acusado não foi informado.

O juiz do caso, Rodrigo Clímaco José, justificou “que a fúria do homem põe em risco a segurança e integridade dos demais animais sem lar existentes na cidade”.

As imagens de câmeras de segurança que identificaram o agressor o mostram se aproximando do animal, conhecido na área como “Pastel”, e despejando o líquido sobre o cão, que apresenta lesões principalmente na pata traseira esquerda.

Testemunhas relataram na denúncia que o acusado e a esposa reclamavam de forma constante da presença do cão, que costumava dormir na entrada do prédio.

Na decisão pela prisão, o juiz ainda destacou a premeditação do crime, em função da forma cruel usada.

“E para que a pessoa tenha jogado uma substância corrosiva como essa, certamente premeditou o crime – afinal, ninguém tem fácil acesso a algo como isso. Portanto, estamos falando de alguém que realmente gostaria de lesionar o cachorro e se preparou para isso. Ou seja, tem-se premeditação, motivo fútil – afinal, supostamente jogou a substância porque o animal dormia no seu prédio -, crueldade – Pastel sofreu muito com o crime – e graves consequências”, escreveu.

O magistrado reforçou a gravidade do crime acrescentando que o proprietário do estabelecimento onde o cão foi ferido registrou um boletim de ocorrência por dano. Ele relatou que o ácido usado contra o cão também corroeu a porta e o cadeado do imóvel.

Por John Pacheco, g1 SC