Crime aconteceu em frente à filha do casal, de 1 ano, em Lages. Homem foi condenado a 27 anos e dois meses de prisão, segundo o TJSC.
O homem que matou a companheira grávida após ela se recusar a limpar a casa em Lages, na Serra catarinense, foi condenado a 27 anos e dois meses de prisão em regime fechado, divulgou o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) na segunda-feira (7). Ingrid Karine Corrêa da Silva, de 24 anos, foi morta com um tiro no rosto.
O crime ocorreu na casa deles, no bairro Santo Antônio, em março de 2020. A Justiça destacou que o homem usou um revólver calibre .38 contra a vítima, na presença da filha de um ano do casal. Ele adquiriu a arma, de forma ilegal, cerca de quatro dias antes do assassinato.
Em interrogatório durante o juri, o homem negou ter matado a companheira. À defesa, ele disse que não sabia da gestação. A vítima estava grávida de 11 semanas e cinco dias.
Os jurados, no entanto, consideraram o homem culpado pelo homicídio e reconheceram as qualificadoras de motivo fútil e feminicídio, além de o crime ter sido praticado durante a gravidez e na presença da filha do casal. O homem poderá recorrer em liberdade.
Relembre
Após levar um tiro no rosto, em 4 de março de 2020, a mulher de 24 anos chegou a ser internada no hospital, mas morreu dois dias depois.
Na época, segundo a Polícia Civil, ele confessou ao delegado que pegou a arma para “amedrontar” a vítima, mas afirmou que não tinha a intenção de matá-la.
Após ser chamada, a polícia fez buscas e encontrou o suspeito escondido em uma casa no próprio bairro.
Por Sofia Mayer, g1 SC