Rosângela Marcoski, de 26 anos, foi assassinada na frente dos quatro filhos por causa de brincadeiras sobre o preço da carne.
O homem que matou a cunhada do irmão com um espeto de churrasco durante uma ceia familiar de réveillon em Videira, no Oeste catarinense, foi condenado a 18 anos e oito meses de reclusão. Conforme a decisão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), o assassinato aconteceu na frente dos filhos e sobrinhos da vítima, Rosângela Marcoski, de 26 anos.
O resultado do julgamento, que aconteceu em 17 de outubro, foi divulgado em nota, na quinta-feira (20), pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
Segundo denúncia do MPSC, o condenado matou a cunhada em 31 de dezembro de 2021 porque “não gostou de brincadeiras a respeito do preço da carne”. De acordo com depoimentos, ele disse que mataria alguém. Uma discussão começou e o réu atacou Marcoski, que morreu com uma perfuração no pulmão.
Os quatro filhos da vítima, entre um e dez anos, assistiram à cena. Ainda conforme o órgão, o homem tentou fugir, mas foi detido pelos familiares. A polícia foi chamada em seguida.
O Conselho de Sentença reconheceu o homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. A Justiça fixou a pena em 18 anos e oito meses de reclusão, em regime inicial fechado.
O promotor de Justiça Lucas Broering Correa, que atuou na sessão do Júri, justificou que “algumas brincadeiras simples, comuns no convívio familiar, levaram esse homem a cometer um crime brutal em um momento de confraternização. […] Ele merece ser condenado, para darmos uma resposta à família e a toda a sociedade”.
O caso
O crime ocorreu por volta das 20h30 do dia 31 de dezembro, no bairro Vila de Carli. Segundo a Polícia Militar, houve uma briga envolvendo cerca de 20 pessoas no local. No meio da discussão, Rosângela foi atingida nas costas com um objeto cortante e não resistiu aos ferimentos.
O suspeito pelo crime, que tinha 21 anos na época, não soube informar, durante o interrogatório, o que aconteceu, segundo o delegado Ismael Gustavo Jacobus Marmitt.
“Ele estava muito embrigado e disse que não lembrava dos fatos. Testemunhas também disseram que as pessoas estavam embriagadas e que a discussão ocorreu por um motivo banal, que provavelmente está relacionado ao preço da carne”, explicou o investigador, na época.
Por Sofia Mayer, g1 SC