Primeira-dama reconhece quebra de protocolo, mas reafirma compromisso com defesa das crianças e regulação das redes sociais
Em meio a polêmicas sobre sua participação no jantar oficial com o presidente da China, Xi Jinping, a primeira-dama Janja da Silva respondeu com firmeza às críticas que recebeu por ter pedido a palavra durante o evento — o que contrariou o protocolo diplomático.
Durante discurso nesta segunda-feira (19), em Brasília, no evento do Ministério dos Direitos Humanos voltado ao combate à violência sexual infantil, Janja afirmou que não ficará em silêncio diante de temas que envolvam a proteção de crianças e adolescentes, mesmo que isso implique em desrespeitar convenções formais.
🗨️ “Não há protocolo que me faça calar. Minha voz será usada para defender nossas crianças e adolescentes, em qualquer ocasião, seja diante de um presidente ou de qualquer cidadão comum”, afirmou.
O episódio ocorreu na semana anterior, durante visita oficial à China. Após o presidente Lula concluir sua fala, Janja se dirigiu ao presidente Xi Jinping para criticar a atuação do TikTok, acusando o algoritmo da plataforma chinesa de favorecer conteúdos da extrema-direita. A atitude causou desconforto entre os presentes e foi classificada como “inadequada” por integrantes da comitiva presidencial.
No evento desta segunda, Janja ironizou as críticas:
“Fico feliz que aqui eu posso falar, que o protocolo me permite usar a palavra”, disse, arrancando aplausos.
A primeira-dama também reiterou sua defesa da regulamentação das plataformas digitais no Brasil, reforçando que o ambiente virtual precisa ser mais seguro para o público infantojuvenil. Ela citou casos de crimes online e mencionou a trágica morte de uma menina de 8 anos, vítima de um desafio perigoso em rede social, como exemplo da urgência dessa regulação.
“As redes são parte do cotidiano dos nossos filhos. E, como qualquer espaço, precisam ter regras e responsabilidades. Não podemos normalizar tragédias causadas por omissão das plataformas”, declarou.
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