Homem é julgado por assassinato de quatro crianças; caso comove o Brasil e levanta questões sobre segurança escolar
Teve início às 8h30 desta quinta-feira (29) o júri do homem acusado de realizar um ataque brutal a uma creche em Blumenau, no Vale do Itajaí, que resultou na morte de quatro crianças com idades entre 4 e 7 anos.
O crime, que comoveu o Brasil, ocorreu em 5 de abril de 2023. Desde então, o réu permanece preso, aguardando julgamento. A sessão acontece no salão do Tribunal do Júri do Fórum Central de Blumenau, sob um esquema rigoroso de segurança, e não há previsão para o término da audiência.
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) denunciou o réu por quatro homicídios qualificados e cinco tentativas de homicídio qualificado. As acusações incluem qualificadoras como motivo torpe, meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas e crime contra menores de 14 anos. De acordo com as investigações, o acusado agiu sozinho durante o ataque. Após cometer os crimes, ele se entregou no batalhão da Polícia Militar.
O julgamento acontece quase um ano e meio após o ataque. A defesa do réu está a cargo da Defensoria Pública de Santa Catarina, que optou por não comentar o caso em andamento. O processo é acompanhado de perto por familiares das vítimas e pela comunidade local, que aguardam justiça para o caso que marcou a cidade de Blumenau e todo o estado de Santa Catarina.
Além de tratar-se de um evento de grande impacto emocional, o julgamento também levanta questões sobre segurança escolar, saúde mental e as medidas necessárias para prevenir futuras tragédias. A cidade de Blumenau, ainda abalada pelo ocorrido, espera que o julgamento traga alguma forma de alívio e justiça para as famílias afetadas.
Momento de Oração
Pouco antes do início da sessão, familiares das vítimas e funcionários da creche formaram uma roda e fizeram orações em frente ao fórum. O réu chegou ao local antes das 7h30, em um veículo da Polícia Penal catarinense.
Restrições de Acesso
Para garantir a segurança e o bom andamento da sessão, o Poder Judiciário aplicou diversas restrições. Entre elas, a de que apenas familiares das vítimas e do réu terão acesso ao julgamento, sem a presença de público externo.
No dia do júri, a rua Zenaide Santos de Souza, em frente ao fórum, será temporariamente fechada no início e no término do julgamento. Um forte esquema de segurança será implementado para assegurar a integridade dos presentes.
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