Lula anuncia medidas rígidas contra o desmatamento na Amazônia

Política

Presidente afirma que usará todas as estruturas do governo, incluindo as Forças Armadas, para proteger as florestas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta terça-feira (11) que vai fazer jogo duro contra o desmatamento no país e afirmou que vai usar todas as estruturas do governo possíveis para preservar as florestas brasileiras. Segundo ele, até as Forças Armadas serão acionadas se for preciso.

“Vamos jogar muito duro não só com os instrumentos de proteção que a gente tem no Ministério do Meio Ambiente, mas a gente vai jogar muito duro com o Ministério da Justiça, com a Polícia Federal. Se necessário, com as próprias Forças Armadas para que a gente proteja a nossa floresta de queimada, de derrubada, de madeireiros, de garimpeiros e do crime organizado, que muitas vezes está dentro da floresta fazendo tráfico de armas e de drogas”, afirmou o presidente em live nas redes sociais.

Segundo Lula, “vai ser a primeira vez que nós vamos apresentar ao Brasil um plano de enfrentamento e de contenção do crescimento da bandidagem do desmatamento na Amazônia”. “As coisas terão que ser feitas de forma legal. Quem fizer ilegal vai ser punido”, garantiu o presidente.

“O maior patrimônio que nós temos é a nossa floresta em pé. O Brasil tem mais de 30 milhões de hectares de terras degradadas que a gente pode recuperar para plantar o que a gente quiser. A gente não pode achar que desmatando a gente vai ganhar. A gente vai perder”, acrescentou.

Além disso, Lula defendeu a exploração econômica da Amazônia, desde que de forma consciente. Segundo ele, “temos um mundo à nossa frente e nós não temos que ter medo de desbravá-lo”.

“Da mesma forma que os portugueses pegaram o oceano Atlântico e chegaram ao Brasil, temos que pegar esse oceano de oportunidades e chegar a um momento de desenvolvimento do Brasil, para que o Brasil seja transformado em um país definitivamente rico, que sustente com qualidade de vida o seu povo”, destacou.

“Queremos pegar toda a Amazônia da América do Sul e fazer disso um instrumento de negociação com o mundo desenvolvido, para que a gente possa se desenvolver e gerar emprego para as pessoas que moram na Amazônia: indígenas, pescadores, povos ribeirinhos, pessoas que vivem em comunidades. Precisamos fazer com que essa gente tenha dignidade na sua vida, ganhe salário, uma renda razoável. É preciso que a gente discuta com o mundo desenvolvido”, completou.

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