Mais de 100 cachorros de raça são flagrados em situação de maus-tratos em canil clandestino de SC

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Caso foi em Palhoça e idosa de 67 anos foi conduzida à delegacia. Havia cães de raças como Lulu da Pomerânea, Lhasa Apso Shih-tzu, Pinscher e Maltês, alguns deles machucados.

Em um canil clandestino, foram encontrados 113 cachorros em situação de maus-tratos em Palhoça, na Grande Florianópolis, nesta quarta-feira (9). Alguns deles estavam machucados, conforme a Polícia Civil. Uma idosa de 67 anos foi conduzida à delegacia.

O caso ocorreu no Bairro Guarda do Cubatão. Os cachorros, de raças como Lulu da Pomerânia, Lhasa Apso, Shih-tzu, Pinscher e Maltês, estavam dentro de uma casa, divididos em espaços pequenos, com pouca ventilação e sujos de fezes. Os animais eram criados para a venda.

A delegada Débora Jardim explicou que o flagrante ocorreu durante uma fiscalização em conjunto com a Diretoria de Bem-Estar Animal de Palhoça (Dibea). “Às 8h30, a Dibea fez contato reportando a situação”, resumiu.

A casa onde os cachorros estavam já havia sido fiscalizada outras duas vezes. Segundo a delegada, nas outras visitas, a Dibea orientou os procedimentos que a responsável deveria fazer para adequar o espaço para os animais, mas a idosa não cumpriu as determinações.

Além disso, o número de cães sempre aumentava com as fiscalizações subsequentes. Na primeira visita do Dibea, havia 80 animais.

“Foram encontrados 113 cachorros em um cubículo, cheio de fezes dentro das comidas. Alguns machucados”, resumiu a delegada sobre o flagrante nesta quarta. “Essa mulher comercializava esses animais sem qualquer autorização, sem qualquer licença para a prática desse comércio, de forma irregular, portanto”, afirmou a delegada.

A idosa foi levada a delegacia e depois a Polícia Civil vai decidir se ela será ou não presa em flagrante. Ela não tinha antecedentes criminais, pelas primeiras informações da investigação.

O que aconteceu com os cães?

Os animais encontrados foram apreendidos, afirmou a delegada. Do total, 21 foram para um canil em Bigaçu, também na Grande Florianópolis. Outros 23 ficaram com uma cuidadora. O restante, permaneceu na casa e a funcionária que fazia a limpeza no canil ficou como depositária.

Esses novos responsáveis devem cuidar dos cachorros até que haja uma decisão judicial sobre o destino deles. “Vou pedir que seja feita doação”, afirmou a delegada.