Considerado foragido, o blogueiro bolsonarista é investigado no inquérito sobre uma milícia digital para atacar a democracia
O Ministério da Justiça, comandado por Flávio Dino, procurou o governo dos Estados Unidos e a Interpol, em Lyon (França), com o objetivo de acelerar o processo de extradição do influenciador bolsonarista Allan dos Santos, que mora em solo norte-americano desde 2020. O blogueiro é considerado foragido desde que foi ordenada sua prisão preventiva no por conta das investigações de fake news em 2021, a pedido feito pela Polícia Federal. Ele é alvo do inquérito sobre uma milícia digital para atacar a democracia e as instituições.
De acordo com uma reportagem publicada nesta quinta-feira (5) pela coluna Painel, a Interpol, que reúne representantes de polícias de cerca de 200 países, segura desde o ano passado um pedido feito pelo Supremo Tribunal Federal para colocar o bolsonarista na chamada difusão vermelha.
Até o momento, a pasta de Flávio Dino fez um primeiro contato de aproximação com o governo dos EUA, comandado pro Joe Biden, e com a Interpol. Da entidade internacional, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva espera ver o nome de Allan entre os procurados.
Segundo a Folha, mensagens interceptadas pela PF mostraram que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho de Jair Bolsonaro, ofereceu ajuda a Allan para deixar o Brasil.
Em novembro de 2022, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou o cancelamento do passaporte de Allan, deixando o influenciador sem documento de identificação válido nos EUA.