MPSC denuncia trio por golpes milionários com carros de luxo em Tubarão

Justiça

Homens são acusados ​​de estelionato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro; prejuízo supera R$ 15 milhões

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Tubarão, denunciou três homens suspeitos de aplicar golpes milionários contra 12 vítimas na comarca. O esquema envolve a compra e venda fraudulenta de carros de luxo, sem que os vendedores recebam o pagamento.

A denúncia foi apresentada nesta segunda-feira (10) e já aceita pela Justiça. Os réus, de 36, 54 e 42 anos, foram acusados ​​de associação criminosa, falsidade ideológica, estelionato qualificado e lavagem de dinheiro. O MPSC também pede o pagamento de uma indenização mínima de R$ 5 milhões às vítimas.

O ESQUEMA FRAUDULENTO

A fraude teria começado em 2015, quando o principal investigado, de 36 anos, contraiu empréstimos fraudulentos. Em 2018, ele se associou a um contador, de 54 anos, e posteriormente recrutou um terceiro participante, de 42 anos, para atuar como “laranja” em empresas de fachada.

O grupo transportou essas empresas para emitir mais de 500 notas fiscais falsas, movimentando cerca de R$ 15 milhões. Com esse dinheiro, o principal investigado construiu uma imagem de empresário do setor automotivo, comprando veículos de luxo de forma parcelada e revendendo-os rapidamente por preços abaixo do mercado.

Em dezembro de 2023, um dos golpes foi aplicado com a compra de um VW Tiguan Allspace por R$ 160 mil. O pagamento foi feito com oito cheques pré-datados de R$ 20 mil cada. No entanto, o veículo foi revendido por R$ 120 mil antes que os cheques fossem descontados. No Carnaval de 2024, os cheques foram devolvidos por falta de fundos, revelando o golpe.

LAVAGEM DE DINHEIRO E INVESTIGAÇÕES

Os investigados foram usados ​​para empresas de fachada e contas de familiares para ocultar e movimentar os valores obtidos ilegalmente. Além da denúncia, o MPSC solicita a instauração de novos inquéritos para apurar falsificações de documentos e outras possíveis fraudes em várias cidades da região Sul, incluindo Braço do Norte, Criciúma, Araranguá, Jaguaruna, Içara, São José, Capivari de Baixo e Sombrio.

A Justiça agora avaliará o pedido do MPSC para responsabilizar o trio e garantir o ressarcimento das vítimas.

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