Os valores indicados pelo Ministério Público (MPSC) na investigação do “escândalo do lixo” em Santa Catarina somam cifras que impressionam.
De acordo com os dados levantados pela operação, a propina paga para prefeitos e agentes públicos ultrapassaria os R$ 100 milhões. Segundo a apuração do MPSC, a responsável pelos pagamentos em troca de benefícios em licitações era a empresa Serrana Engenharia, de Joinville. Em contrapartida, a própria empresa teria ficado com um lucro de R$ 430 milhões nos contratos firmados com as prefeituras.
O esquema com a Serrana
Nas investigações, segundo o despacho da Justiça, “as empresas do Grupo Serrana aparentemente detêm, segundo o Gaeco, ‘grande fatia do mercado de prestação de serviços relacionadas a coleta de resíduos sólidos, iluminação pública e administração de aterros sanitários, dentro de sua faixa de atuação no Estado. Assim, os investigadores concluem que a empresa, por intermédio de seus representantes e prepostos, procura agentes públicos com o objetivo de facilitar sua contratação, inclusive fornecendo modelos de editais, onde constariam dispositivos que impossibilitariam a concorrência de outras empresas.
Prisões de prefeitos e agentes públicos
No trecho do despacho, a desembargadora responsável pela operação Mensageiro, justifica a determinação de prisões na investigação do escândalo do lixo: “Ademais, o poderio financeiro e político dos investigados é tão grande que, certamente, sua soltura poderia impedir a colheita de eventual instrução criminal, colocando em risco e trazendo medo à eventuais testemunhas e servidores que, em tese, podem ter conhecimento dos fatos apurados”.
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Fonte Portal: sctododia.com.br