Desta parte do Estado, já foram presos os prefeitos Joares Ponticelli (PP), de Tubarão, Vicente Corrêa Costa (PL), de Capivari de Baixo, e Deyvison Souza, de Pescaria Brava (MDB).
A Operação Mensageiro identificou o envolvimento de ao menos 73 agentes públicos em 27 municípios catarinenses com o esquema de corrupção na coleta de lixo. A investigação do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) apura o superfaturamento de licitações e um esquema de propinas entre prefeituras e a Serrana, empresa responsável pelo serviço. As informações estão em documentação oficial obtida pelo Grupo ND.
Já foram presos pela operação sete prefeitos, dos municípios de: Itapoá, Lages, Tubarão, Papanduva, Pescaria Brava, Capivari de Baixo e Balneário Barra do Sul. No entanto, o processo aponta a atuação da Serrana em várias cidades catarinenses, abrindo a possibilidade de um esquema ainda mais amplo.
O próprio MPSC classifica, na documentação analisada pelo Grupo ND, o caso da Serrana como o maior escândalo de corrupção da história de Santa Catarina.
No documento, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), do MPSC, enumera nomes de servidores públicos cujas linhas telefônicas teriam tido contato suspeito com o “mensageiro”, com é chamado o homem apontado com operador do esquema de corrupção.
Por decisão judicial, o Grupo ND não pode citar o nome do operador. Nomes de pessoas sob investigação foram omitidos pela reportagem para não interferir na apuração do MPSC.
MPSC investiga municípios em 5 regiões do Estado
Anteriormente, reportagem do Grupo ND detalhou o modus operandi da organização criminosa, no qual o mensageiro seria o personagem central, responsável por realizar o pagamento das propinas. Apenas o operador do esquema teria utilizado 11 linhas telefônicas diferentes para contatar os envolvidos.
A investigação foi capaz de quebrar o sigilo telefônico e descobrir não apenas as conversas, como cruzar localizações que provam encontros entre o mensageiro e os agentes públicos que recebiam o dinheiro.
Ao todo, o Ministério Público encontrou indícios de envolvimento no esquema em cinco regiões catarinenses. A maioria dos municípios fica localizado na região Norte do Estado, onde fica a sede da Serrana, localizada em Joinville.
Entre eles estão Itapoá e Balneário Barra do Sul, nos quais os prefeitos Marlon Neuber (PL) e Antônio Rodrigues (PP) já foram presos pela operação.
Constam ainda na investigação do MPSC sete cidades que fazem parte da região Sul de Santa Catarina. Desta parte do Estado, já foram presos os prefeitos Joares Ponticelli (PP), de Tubarão, Vicente Corrêa Costa (PL), de Capivari de Baixo, e Deyvison Souza, de Pescaria Brava (MDB).
O restante dos municípios estão localizados na Serra – como Lages, onde o Antônio Ceron (PSD) foi preso -, Foz do Itajaí e Vale do Itajaí.