Investigação revela contratação irregular e superfaturamento em abrigo de campanha durante a pandemia.
Nesta sexta-feira, dia 7, a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Trapaça, cumprindo sete mandados de busca e apreensão na Prefeitura Municipal de Ilhéus, além de residências e estabelecimentos comerciais de servidores públicos. A ação, que conta com a participação de mais de 30 policiais federais em Ilhéus, Distrito de Olivença e Itabuna, foi autorizada pela Justiça Federal.
A Operação Trapaça é a segunda fase da Operação Nefanda, realizada pela Polícia Federal em 2021, e tem como objetivo combater o crime de desvio de recursos públicos federais destinados ao enfrentamento da pandemia de coronavírus em 2020.
Durante as investigações, descobriu-se que o município de Ilhéus contratou uma empresa, por meio de dispensa de licitação, para administrar um abrigo de campanha destinado ao acolhimento de pacientes infectados com Covid-19. No entanto, constatou-se que essa empresa não possuía capacidade técnica e operacional para a função.
A empresa em questão recebeu mais de R$ 1,2 milhão para administrar o abrigo, e a Controladoria-Geral da União (CGU) constatou que houve superfaturamento de mais de 82% nos valores pagos.
Ao aprofundar as investigações, foi possível identificar o envolvimento de servidores públicos municipais no desvio dos recursos públicos relacionados a esse contrato.
Os envolvidos serão responsabilizados pelos crimes de fraude à licitação, estelionato, corrupção passiva, falsidade ideológica e associação criminosa, de acordo com a legislação vigente.
A Operação Trapaça revela a importância das investigações para combater a corrupção e garantir o uso adequado dos recursos públicos, especialmente em momentos de crise como a pandemia de coronavírus.
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