Delegado pede conversão das detenções para prisões preventivas, aguardando decisão judicial.
Na madrugada desta quinta-feira (13), dois dos presos da Operação Dark Shark, João Eduardo Botega e Jeickson Botega, foram liberados do presídio de Tubarão devido ao vencimento do prazo da prisão temporária. O delegado Ricardo Kelleter, da 2ª Delegacia de Combate a Corrupção de Tubarão, solicitou à justiça a conversão das duas detenções para prisões preventivas, mas até o momento não houve resposta do judiciário. Vale destacar que a primeira fase da Operação ocorreu no dia 4.
A falta de decisão judicial traz uma curiosidade adicional. No mesmo dia (13), o delegado Ricardo optou por revogar a prisão temporária do empresário Carlos Roberto Machado. No entanto, como nenhum pedido foi analisado, os três investigados foram soltos simultaneamente, dando a impressão de que estão em igual situação perante as investigações. Entretanto, isso não parece ser o caso. O pedido de prisão preventiva ainda está em aberto, o que significa que eles podem ser detidos novamente.
Processos da Mensageiro
Quatro juízes da comarca de Tubarão se recusaram a atuar no processo em que Joares Ponticelli e Caio Tokarski são réus: Fabiano Antunes da Silva, Maurício Mortari, Miriam Regina Garcia Cavalcanti e Guilherme Borsoi. A comarca possui nove juízes tecnicamente competentes para o caso em questão, restando apenas cinco. A indicação de um substituto é realizada por sorteio eletrônico. Caso nenhum dos magistrados aceite seguir no processo, um juiz de outra comarca poderá ser convocado para assumir a função.
Operação Dark Shark
No dia 4, a Polícia Civil deflagrou a Operação Dark Shark, cumprindo 27 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão temporária. A investigação visa apurar fraudes em licitações nos municípios de Tubarão, Capivari de Baixo, Pescaria Brava e Jaguaruna. As ordens judiciais foram executadas nas sedes das empresas, residências dos investigados e nas prefeituras. Os mandados foram cumpridos em Tubarão, Capivari de Baixo, Pescaria Brava, Jaguaruna e Laguna. As investigações tiveram início em 2021, visando identificar fraudes nos procedimentos licitatórios e na prestação de serviços. Ao todo, foram analisados 51 contratos firmados com os quatro municípios do sul do estado, totalizando aproximadamente R$ 30 milhões. Os contratos foram celebrados entre os anos de 2017 e 2022, sendo que os de 2022 ainda estão em vigor.
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