A Associação de Municípios da Região de Laguna – Amurel, foi sede para o seminário Desastres Hidrológicos e Eventos na Região da Amurel.
O seminário debateu os fenômenos naturais associados a eventos de inundações e alagamentos e teve como principal objetivo discutir quais ações são necessárias para mitigar os novos eventos que possam surgir, tendo em conta que é impossível evitar o acontecimento de eventos naturais.
A Associação Regional de Engenheiros e Arquitetos do Vale do Rio Tubarão – AREA-TB foi a responsável pela realização do evento que contou com patrocínio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina – CREA-SC e apoio da Agência Reguladora de Saneamento de Tubarão – AGR, Prefeitura de Tubarão e Amurel.
O advogado Alexandre Moraes, Superintendente Geral da Agência, abriu o seminário na parte da manhã falando sobre o Plano de Macrodrenagem de Tubarão. Na sequência o engenheiro sanitarista e ambiental Gean Paulo Michel, explanou sobre a gestão de desastres associados as cheias e ventos na bacia do Rio Tubarão.
No período da tarde, a arquiteta e urbanista Ana Paula Lapolli, representando a Diretoria de Drenagem da Prefeitura de Blumenau falou sobre a quota de drenagem sustentável. “Esse momento é muito simbólico, a drenagem sempre foi deixada de lado. Eu sempre falo que a drenagem não dá voto, mas o alagamento tira voto. Precisamos nos preocupar o tempo todo com todos os aspectos da drenagem, para que juntos possamos inovar e encontrar soluções adequadas para cada região.” Destacou a arquiteta.
O último palestrante convidado, que fechou o seminário, foi o engenheiro civil Adilson Pinheiro, coordenador adjunto da Câmara de Engenharia Civil do CREA-SC e professor da Fundação Universidade Regional de Blumenau – FURB, trouxe para os participantes os aprendizados no controle e prevenção de cheias na bacia do Rio Itajaí e perspectivas para a Bacia do Rio Tubarão. “Trouxemos um pouco da experiência que temos com a Bacia do Rio Itajaí e várias ações que estão sendo desenvolvidas por lá que podem ser aplicadas aqui. Precisamos entender que problemas de enchentes são difíceis de solução e a melhor alternativa que temos é apreender a conviver com o fenômeno e usar a engenharia para minimizar o evento, pois ela não soluciona o problema” disse o professor Adilson.
A presidente da AREA-TB, engenheira Daniela Milanez Zarbato avaliou como positivo e importante o seminário. “A minha avaliação é que precisamos analisar cada contexto e repensar o que estamos fazendo ou não estamos fazendo. A importância deste evento é de alertar e não esquecer o que nós temos que fazer. A associação vai trabalhar ao máximo para manter este debate vivo e participar das ações propostas”, finalizou Daniela.