Catarinense foi filmada dentro do Planalto durante invasão e é presa na operação Lesa Pátria
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria e votou a favor da acusação contra Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, de 67 anos, também conhecida como “Fátima de Tubarão”, por sua suposta participação nos atos golpistas de 8 de janeiro. As informações sobre a decisão foram reveladas nesta sexta-feira (18).
A catarinense, cujo apelido faz referência à cidade de Tubarão, no Sul de Santa Catarina, onde reside, foi detida na operação Lesa Pátria.
A denúncia se baseia em vídeos que a mostram dentro do Palácio do Planalto durante a invasão. As imagens se tornaram virais, e em um trecho, quando questionada por outro apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, ela declara: “Vamos para a guerra, é guerra agora. Vamos pegar o Xandão agora”, referindo-se ao ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Além dessas declarações, Fátima aparece em outro vídeo afirmando que “estava quebrando tudo”. O G1 tentou contato com a defesa da mulher nesta sexta-feira.
Entre os crimes investigados estão associação criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado, ameaça, perseguição, incitação ao crime, dano e dano qualificado, bem como a deterioração de patrimônio tombado.
No caso específico de Fátima, a Procuradoria-Geral da República destaca que imagens encontradas no celular da acusada comprovam sua presença nos atos em Brasília. Segundo a acusação, embora o recurso de “mensagem temporária” estivesse ativado no aplicativo WhatsApp, foi possível localizar elementos que a relacionam aos acontecimentos dos dias 7 e 8 de janeiro.
A Procuradoria enfatiza que em um vídeo compartilhado nas redes sociais, Fátima é chamada e identificada como moradora de Tubarão e é vista “quebrando tudo”. No vídeo, ela celebra com gritos de “é guerra”, relata ter sujado o banheiro da Suprema Corte e ameaça “pegar o Xandão agora”.
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