Investigação já chegou a quatro fases: em todas houve prisões de prefeitos
Por Ânderson Silva – NSC TOTAL
É vergonhoso e triste o que vive Santa Catarina desde dezembro de 2022. Foi naquela época que veio à tona o escândalo do lixo em várias cidades catarinenses. Suspeitas graves de que prefeitos recebiam propina através de mesadas para facilitar a entrada de uma empresa no serviço de coleta de lixo. Além deles, outros agentes públicos dos municípios também foram alvos de buscas e prisões. De dezembro para cá, em cinco meses, já são 15 prefeitos presos, além de mais um a ser detido quando voltar de viagem ao exterior.
Não há, neste momento, algo parecido no Brasil. Santa Catarina está protagonizando um vexame nacional. Em nenhum outro ponto do país existem tantos prefeitos presos e fora dos cargos para os quais foram eleitos para cuidar e zelar as contas dos municípios.
Assim sendo, com as suspeitas levantadas pelo MP-SC, há de se voltar os olhos para a gravidade do escândalo do lixo. Estamos na vitrine nacional, novamente, por um fato lamentável, infelizmente. O único fato a se comemorar é que as instituições responsáveis por dar resposta a quem, supostamente, comete crimes de corrupção estão ativas e operantes.
A partir de agora, SC tem a missão de reagir rápido, seja como sociedade ou como autoridades responsáveis nos órgãos de investigação. O catarinense precisa de respostas, o catarinense precisa dos detalhes do que acontecia. Tudo sob a devida tramitação jurídica, com espaço para a ampla defesa. Mas o catarinense quer uma solução.
Há muito mais a ser mostrada em terras catarinenses do que as suspeitas de quem desvia dinheiro do lixo para si mesmo. Porém, enquanto isso ainda estiver ocorrendo, cabe ao Estado saber, entender, investigar e punir caso tudo se confirme.